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Dia de Combate à Dengue mobiliza 250 voluntários em Manguinhos
Nesta segunda-feira (14/04), o Dia de Combate à Dengue nas comunidades de Manguinhos mobilizou cerca de 250 voluntários e funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que se dividiram em equipes para identificar e eliminar focos de Aedes aegypti e possíveis criadouros nas 15 comunidades do Complexo de Manguinhos e no campus da Fiocruz.
Dados preliminares, divulgados pela Assessoria de Projetos Sociais da ENSP, revelam que, no momento da ação, foram identificados alguns macrofocos na região, e o trabalho de remoção e limpeza já foram iniciados. Além disso, foram coletadas amostras para exames em 121 possíveis criadouros de larvas. A previsão é de que as ações realizadas e os dados obtidos durante a campanha sejam analisados e discutidos em uma reunião, marcada para a próxima terça-feira (15/04), às 17h, na sala 410 da ENSP. Além da mobilização de voluntários e de agentes do PSF, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) atua como uma das coordenadoras desse projeto.
A iniciativa de mobilização contra a doença foi uma demanda trazida pelos representantes das comunidades de Manguinhos à Fiocruz. Além de identificar e eliminar possíveis focos do mosquito, o Dia de Combate à Dengue visa orientar a população em procedimentos de prevenção da proliferação de vetores e informar sobre os sinais de alerta da doença. A iniciativa contou com a participação das secretarias Municipal e Estadual de Saúde, do Fórum do Movimento Social de Manguinhos e dos garis comunitários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). Dentro da Fundação, as unidades que tiveram maior representatividade foram: ENSP, Biomanguinhos e Dirac.
Para esta iniciativa, a Fiocruz reuniu, no dia 3/04, cerca de 250 voluntários para capacitação. Dentre os tópicos abordados no treinamento, estavam a noção de habitação saudável, o histórico da doença e do mosquito no Rio, a biologia do Aedes aegypti, a diferença dele para o pernilongo (Culex) e o uso do fumacê. "É preciso, sobretudo, informar a população em geral", diz Maria de Lourdes Maia. "Alertar, por exemplo, sobre os principais sinais da dengue hemorrágica, evitando casos fatais, e sobre o fato de que somente o fumacê não basta para o combate ao mosquito, já que o remédio mata mais pernilongos do que Aedes e não entra no domicílio das pessoas, principal foco dos vetores". As equipes - incluindo agentes comunitários do Programa de Saúde da Família (PSF), que facilitaram o acesso às casas - percorreram as vielas e ruas das comunidades. "Precisamos alertar e sensibilizar a população, levando até elas o maior número de informações de qualidade", disse o assessor de Projetos Sociais da ENSP, José Leonídio Madureira.
Durante as visitas às casas, foram organizadas conversas para retirar dúvidas dos moradores e distribuídos panfletos informativos sobre como combater a dengue e os sinais de alerta para a doença. Os agentes comunitários também auxiliaram na identificação de doentes e no encaminhamento desses pacientes aos postos de saúde. "A intenção é deixar clara a necessidade de realizar os cuidados de prevenção como parte do dia-a-dia, fazendo com que a comunidade esteja compromissada com a causa de continuidade ao trabalho", comentou Maria de Lourdes.
De acordo com José Leonídio, a próxima etapa dessa iniciativa envolve a construção de brigadas de controle de vetores nas comunidades e também a implantação de estratégias de educação permanente com a população. As brigadas serão construídas pela comunidade com a participação das escolas, o comércio local e os projetos sociais em parceria com a Fiocruz, a Equipe de Endemias da da Prefeitura do Rio de Janeiro, a União Ativista Defensora do Meio Ambiente (Uadema), a Comlurb, o PSF, a Secretaria Municipal de Saúde. "Com essas equipes poderemos, entre outras coisas, monitorar lugares de reincidência de foco", destacou Leonídio.
Fotos: Peter Illiciev
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