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Centro de Saúde da ENSP abre nos fins de semana para atender doentes de dengue
A Fundação Oswaldo Cruz está se engajando na luta contra a epidemia de dengue, que já atingiu cerca de 60 mil pessoas no Estado do Rio. Como parte da estratégia, o Centro de Saúde da ENSP abriu neste sábado (05/04), pela primeira vez, para ampliar o atendimento aos doentes. "Abriremos todos os fins de semana até que a epidemia termine", informou a chefe do Centro de Saúde, Else Gribel. Outra iniciativa é o projeto Dia de Combate à Dengue - que tem o apoio da Fiocruz e deveria acontecer nesta segunda-feira (07/04), Dia Mundial da Saúde -, adiado para 14 de abril por causa da forte chuva que impediu a ação dos voluntários.
O Dia de Combate à Dengue é uma iniciativa das comunidades de Manguinhos, que visa identificar e eliminar, nas 15 comunidades dos arredores da Fiocruz e em seu campus, focos de Aedes aegypti e possíveis criadouros, além de orientar a população em procedimentos de prevenção contra a proliferação de vetores e de informação sobre os sinais de alerta da doença. A ação também conta com a participação das secretarias Municipal e Estadual de Saúde, da Rede Centro de Cooperação e Atividades Populares (CCAP/Casa Viva) e da Comlurb, que montará dez pontos estratégicos de coleta para a retirada de lixo nas comunidades.
O Dia de Combate à Dengue mobilizou, nesta segunda-feira (7/04), cerca de 250 voluntários no auditório da ENSP. Em virtude da forte chuva, a ação nas comunidades foi adiada para 14/04. Como reforço, a Fiocruz vai realizar novo treinamento na sexta-feira (11/04), às 14 horas, no auditório da ENSP - o primeiro aconteceu em 3/04. De acordo com José Leonídio Madureira, assessor da Projetos Sociais da ENSP, alguns funcionários da Fioruz se apresentaram como voluntários, mas o número ainda não é suficiente. "Para a ação nas comunidades, contamos com um bom número de voluntários externos. Mas, para a ação dentro do campus da Fiocruz, precisamos de mais pessoas", comentou.
O treinamento dos voluntários aborda noções de habitação saudável, o histórico da doença e do mosquito, a biologia do Aedes aegypti e o uso do fumacê. Entre os participantes, além de voluntários da Fiocruz, estão técnicos, colaboradores das instituições envolvidas e moradores das comunidades. A mobilização terá início às 7h30, em frente à ENSP. Às 8h, 15 equipes de dez pessoas - incluindo agentes comunitários do Programa de Saúde da Família (PSF), que facilitarão o acesso às casas - começarão a percorrer as vielas e ruas das comunidades.
Centro de Saúde da ENSP abre suas portas
No sábado (05/04), o Centro de Saúde da ENSP abriu suas portas para reforçar o atendimento aos doentes de dengue. "Foi uma decisão da Presidência da Fiocruz, que teve o apoio imediato da ENSP", ressaltou a chefe do Centro de Saúde, Else Gribel. Segundo ela, apenas no sábado foram atendidas cerca de 50 pessoas, mas nenhuma delas foi encaminhada para internação. "Foram feitos hemogramas de todos os doentes; alguns tiveram que ser submetidos à hidratação venosa, outros, apenas à hidratação oral", disse.
O Centro de Saúde da ENSP abrirá aos sábados e domingos, das 8h às 17h, até o fim da epidemia.
Ação contra a dengue continua após o fim da epidemia
Em parceria com a comunidade (incluindo aqui Rede CCAP/Casa Viva, escolas e o comércio local), a Fiocruz, a Guarda de Vetores da Prefeitura do Rio de Janeiro, a União Ativista Defensora do Meio Ambiente (Uadema), a Comlurb, o PSF, a Secretaria Municipal de Saúde pretendem desenvolver conjuntamente, nos próximos cinco meses posteriores ao Dia do Combate à Dengue, medidas de educação permanente para a população. Mais uma estratégia a ser efetuada é a criação de brigadas de controle de vetores nas comunidades, para reduzir o risco da dengue e outras doenças.
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