Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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ENSP capacitará gestores do Bolsa Família

Na última década, os níveis de desnutrição e doenças infecciosas têm apresentado queda em nosso país. Em compensação, os índices de excesso de peso e de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) vêm aumentando de maneira expressiva. Partindo do pressuposto que a educação alimentar e nutricional pode ser uma estratégia para o enfrentamento de diversas situações inadequadas em relação à alimentação e nutrição, está sendo desenvolvido pela ENSP um curso voltado aos gestores do Programa Bolsa Família, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (PBF/MDS). Seu principal foco é capacitar esses gestores e demais profissionais que atuam no PBF para articular políticas, programas e projetos nas áreas da Saúde, Educação e Assistência Social nos municípios brasileiros, visando assim à qualificação da assistência prestada aos beneficiários do Programa Bolsa Família.

De acordo com o Ministério da Saúde, a alimentação inadequada e a falta de atividade física estão entre os principais fatores que levam os brasileiros ao excesso de peso, obesidade e a outras doenças crônicas. Dados do MS indicam que, em 2006, mais de 11% dos adultos brasileiros eram obesos; em 2007, esse índice passou para 12,9%; e, em 2008, chegou a 13%. Pensando nesse acelerado crescimento, torna-se urgente o desenvolvimento de estratégias para o enfrentamento dessas questões.

O acordo de cooperação técnica foi firmado no final de 2009 e, além deste curso, prevê um encontro nacional de Educação Alimentar e Nutricional para professores e profissionais que atuam na área; a elaboração de um manual sobre Educação Alimentar e Nutricional no Brasil, para ser usado como referência nacional; e a integração de ações de Educação Alimentação e Nutrição entre os Ministérios envolvidos e órgãos afins.

O curso está sob a responsabilidade da pesquisadora da ENSP e coordenadora do Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição da região Sudeste (Cecan/CSEGSF/ENSP), Denise Barros, e da pesquisadora da Fiocruz Brasília Denise Oliveira e Silva. Denise Barros enfatizou que "o sobrepeso, a obesidade e a incidência de doenças associadas a essa questão, mesmo entre a população mais pobre, está em níveis altíssimos, e isso deriva da má alimentação, principalmente pela falta de incentivo à inserção de alimentos nutritivos na dieta diária", disse.

De acordo com ela, esta formação, que será desenvolvida na modalidade a distância, foi demandada pela Coordenação Geral de Educação Alimentar e Nutricional, do Departamento de Apoio a Projetos Especiais, da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Denise comentou ainda que o curso está em fase de elaboração. "Depois de desenvolvermos todo o material didático e sua organização curricular, será feita a seleção de tutores e a seleção de alunos. A ideia é que o curso esteja pronto ainda em 2012", afirmou ela.

Ao todo, estão previstas 2 mil vagas para gestores do PBF/MDS, representantes dos Centros de Referência de Assistência Social brasileiros (Cras), e representantes da Educação, da Saúde e Nutrição, com formação de nível superior e médio.

A expectativa é que esta formação tenha carga horária total de 120 horas, divididas em três unidades de aprendizagem. Com este curso, pretende-se que o profissional/aluno alcance as competências necessárias para promover e articular ações de saúde e nutrição voltadas para as famílias cadastradas no PBF. Para o profissional de nível superior, além da execução das ações, espera-se também que ele adquira ampla capacidade para o planejamento e articulação das ações dentro dos diversos espaços públicos.

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