Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Centro de Saúde reestrutura práticas integrativas e complementares

O Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP) está organizando suas ações na área das práticas integrativas e complementares - homeopatia, terapia comunitária, oficina artesanal, aulas de yoga, entre outras - que atualmente acontecem de forma isolada. A iniciativa surgiu da necessidade de redefinir as atividades do Centro de Saúde Escola em função do projeto Teias-Escola Manguinhos, que está reestruturando a assistência básica em Manguinhos. "O Terrapia é um dos núcleos mais desenvolvidos de práticas integrativas e complementares", destacou a chefe do Centro de Saúde Escola, Emília Correia, durante assinatura do termo de compromisso para celebração de convênio entre a ENSP e a Associação Terrapia, que prevê a manutenção e ampliação das atividades de promoção da saúde e ambiente desenvolvidas há 13 anos por esse núcleo.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o acesso gratuito a práticas integrativas e complementares de saúde cresceu no SUS. Em 2007, foram realizados 97.240 procedimentos de acupuntura e, em 2008, foram 216.616, crescimento de 122%. Em 2007, foram realizadas 27.646 práticas, enquanto, em 2008, o SUS contabilizou 126.652 - crescimento de 358%.

Para o Ministério da Saúde, o aumento foi possível graças à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), criada em 2006. A política recomenda ações e serviços no SUS para a prevenção de agravos na saúde, a promoção e a recuperação, além de propor o cuidado continuado, humanizado e integral, com ênfase na atenção básica. "Para, de fato, conseguirmos integrar essas práticas na ENSP, estamos buscando um novo espaço e fazendo reuniões periódicas para discutirmos o que estamos chamando de PIC (práticas integrativas e complementares) do Centro de Saúde Escola ", revelou Emília.

As práticas integrativas já eram realizadas no SUS antes da PNPIC. E o Centro de Saúde Escola da ENSP também está seguindo essa receita. "Essas práticas integrativas, dentro da assistência, são uma espécie de transgressão, com boa dose de ousadia e persistência. E, nesse momento de redefinição das atividades do Centro de Saúde Escola, a Associação Terrapia terá um importante papel a cumprir", disse Emília, durante a assinatura do convênio.

Convênio com Associação Terrapia é comemorado com almoço

A assinatura do termo de compromisso entre a ENSP e a Associação Terrapia aconteceu na terça-feira (30/11), na horta do Terrapia, no campus da Fiocruz, no Rio, e foi seguida de almoço, com pratos coloridos de alimento vivo e participação maciça de integrantes da associação. O termo de cooperação é o primeiro passo para a assinatura do convênio, que possibilitará à Associação Terrapia continuar atuando no projeto desenvolvido na ENSP. Participaram da cerimônia o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, a atual chefe do Centro de Saúde Escola, Emília Andrade, a ex-chefe do Centro de Saúde Escola, Else Gribel, a presidente da Associação Terrapia, Cyntia Brant, e a pesquisadora Maria Luiza Branco, idealizadora do Terrapia.

Cyntia Brant abriu o evento falando da importância da assinatura do termo de compromisso com a ENSP/Fiocruz, que ajudará a Associação Terrapia a expandir e melhorar suas práticas. Em seguida, Maria Luiza Branco falou sobre a importância do projeto para a promoção da saúde. "Aqui, o trabalho de promoção da saúde é pautado no esforço individual. Cada participante traz sua contribuição para a construção da própria saúde. ", explicou Maria Luiza, que atualmente está aposentada.

O Terrapia nasceu de uma experiência bem sucedida dentro do Centro de Saúde da ENSP, reunindo pacientes, estudantes e profissionais de saúde em torno da mesa de refeições e, mais tarde, no trabalho de organização de uma horta. Embora esteja fora das atividades quotidianas do Terrapia, Maria Luiza continua atuando como "guru" e inspiradora de novidades na associação.

De acordo com Maria Luiza, entre os projetos para o próximo ano está o Terrapia itinerante, que contará com a contribuição de quatro "cruzinheiros" que farão sanduíches e sucos para venda em todos os prédios da Escola. "Nosso objetivo também é atingir o público de eventos da ENSP. Assim, o Terrapia segue um caminho que nunca imaginávamos: o aprimoramento de suas atividades a partir da contribuição de seus participantes", disse, durante seu discurso.

Em seguida, o diretor da ENSP, Antonio Ivo de Carvalho, falou sobre a inovação do Terrapia na área da promoção da saúde. "A inovação vem da transgressão, do diálogo e da busca de novos caminhos. E o Terrapia é um exemplo, pois sua proposta é a qualidade de vida, questão nuclear da saúde pública. O Terrapia também propõe a troca permanente de experiências e de saberes com a sociedade - outro retrato da saúde pública moderna", destacou.

Por fim, Else Gribel, que durante os quatro anos a frente do Centro de Saúde Escola estimulou e apoiou as atividades do Terrapia, falou sobre a busca de alternativas para a sobrevivência do grupo. "Os integrantes do Terrapia nos contagiaram com sua inquietude e com a vontade de continuar um projeto respeitado por todos nós. Esse novo momento da Associação é uma vitória do grupo, da sociedade, em busca de qualidade de vida", encerrou.

Associação Terrapia realiza encontro Bianual nesta quinta-feira (2/12)

Na quinta-feira (2/12), das 8h às 12h30, a Associação Terrapia realizará o Encontro Bianual do Alimento Vivo no Rio de Janeiro, na horta do Terrapia, localizada no campus da Fiocruz. O encontro é aberto aos interessados, que devem contribuir com um prato de alimento vivo, preparado com sementes germinadas ou brotos, além de vegetais ou frutas in natura. Veja a programação abaixo:

8h - Chegada à horta para arrumação da festa em grupo

9h - Preparo do Suco de Clorofila em grupo

10h - Roda do TEMBIU PORÃ

10h30 - Apresentações diversas, preparadas pelos concludentes do seminário

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