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Estudo apresenta perfil dos medicamentos genéricos pelo país
Pesquisa realizada pelo Núcleo de Assistência Farmacêutica da ENSP/Fiocruz analisa a disponibilidade de medicamentos genéricos no setor público e seu preço no setor privado. O trabalho Disponibilidade no setor público e preços no setor privado: um perfil de medicamentos genéricos em diferentes regiões do Brasil evidenciou que, no setor público, há mais medicamentos similares que genéricos em todas as regiões, tendo sido destaque no site da Agência Notisa e resultando em artigo publicado pela revista Cadernos de Saúde Pública.
Economia na farmácia popular é em torno de 90%, sugere estudo
Agência Notisa
17 de julho de 2010
Estabelecimentos privados credenciados no programa têm maior disponibilidade de medicamentos, enquanto o setor público tem a menor.
Agência Notisa - Buscando analisar o desempenho do Programa Farmácia Popular do Brasil, a pesquisadora do NAF/ENSP/Fiocruz e doutoranda da Escola Cláudia Pinto e colegas da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) desenvolveram uma pesquisa em maio de 2007 em estabelecimentos de diferentes setores em 30 municípios do país. Os resultados ainda serão publicados na Revista de Saúde Pública.
Os pesquisadores contam no artigo que utilizaram uma metodologia desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde em conjunto com a Ação Internacional para Saúde para comparação de preços e disponibilidade de medicamentos. Os medicamentos analisados foram: captopril 25mg e hidroclorotiazida 25mg, para hipertensão, e metformina 500mg e glibenclamida 5mg, para diabetes. Vale lembrar que os estabelecimentos avaliados foram: públicos, privados e as modalidades próprias (FPB-P) - geridas pelo Ministério da Saúde e pela FIOCRUZ, por convênios firmados com parceiros públicos ou privados sem fins lucrativos - e de expansão (FPB-E) - farmácias privadas credenciadas pelo Ministério da Saúde que oferecem medicamentos de seu próprio estoque.
Os autores verificaram que o FPB-E apresentou maior disponibilidade de medicamentos e o setor público, a menor. "Tanto no setor público quanto na FPB-P o percentual de disponibilidade de similares foi maior que o de genéricos. A comparação de preços entre os setores mostrou menor preço de aquisição no FPB-E, seguido pelo FPB-P. O FPB-E apresentou economia superior a 90% em relação ao setor privado. O número de dias de trabalho necessários para aquisição de tratamentos para hipertensão e diabetes foi menor no FPB-E", dizem na publicação.
Dessa forma, eles entendem que a menor disponibilidade encontrada no setor público pode ser uma das justificativas para migração dos usuários do setor público para o Programa de Farmácia Popular. "Os altos preços praticados pelo setor privado também contribuem para que o Programa seja uma alternativa de acesso a medicamentos no País", afirmam. Para ler o artigo na íntegra acesse http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010005000021&lng=en&nrm=iso&tlng=en.
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