Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Protocolo de assistência farmacêutica humaniza relação com pacientes

Segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, aproximadamente 181 mil pacientes estão em tratamento com os 19 antirretrovirais distribuídos pelo Sistema Único de Saúde no Brasil. Assim, estabelecer recomendações e informações que aumentem a qualidade da intervenção do dispensador pode vir a melhorar a adesão, a identificação precoce de efeitos adversos, bem como a orientação ao usuário sobre os medicamentos e suas interações. Foi com esse objetivo que o departamento lançou o Protocolo de Assistência Farmacêutica em DST/HIV/Aids, que traz uma série de recomendações do Grupo de Trabalho de Assistência Farmacêutica - do qual o Núcleo de Assistência Farmacêutica da ENSP (NAF/ENSP) faz parte - para a melhoria no acesso aos medicamentos.


O documento, coordenado pelas pesquisadoras do NAF/ENSP Paula Pimenta de Souza e Vera Lúcia Luiza e por Tânia Cristina Gimenes Ferreira, do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, indica estratégias de atualização dos farmacêuticos nos aspectos mais relevantes de sua atuação profissional junto às pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA). Além disso, também foram elaboradas recomendações para promover melhor organização das Unidades Dispensadoras de Medicamentos Antirretrovirais (UDM), com definição de parâmetros e critérios para seu funcionamento.

De acordo com Vera Lúcia Luiza, o protocolo pode ser considerado o subproduto de um projeto coordenado pelo NAF/ENSP em 2005/2006, que avaliou a dispensação de medicamentos para as PVHA no Brasil. Apesar de a pesquisa ter evidenciado uma boa disponibilidade dos antirretrovirais na época, havia problemas importantes a respeito da logística, como a especificação inadequada dos medicamentos para infecções oportunistas, problemas no estoque e em relação ao vínculo estabelecido entre profissionais de farmácia e os pacientes.

"Parte desses problemas estavam ligados ao ambiente. Os serviços que ofereciam ambiente de acolhimento e condições de privacidade mais propícios no atendimento tinham melhor assistência na farmácia. Dentre as estratégias decorrentes desse trabalho, tivemos algumas propostas de mudança na legislação e o desenvolvimento desse protocolo de assistência farmacêutica com a intenção de orientar as pessoas do serviço sobre como organizar seu ambiente e processo de trabalho."

O protocolo foi lançado no início de 2010 e está disponível no site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. A tiragem impressa foi de 3.752 exemplares, que serão distribuídos para as coordenações estaduais e municipais de DST/Aids. Um dos seus pontos centrais visa estabelecer recomendações e fornecer informações que aumentem a qualidade da intervenção do dispensador, particularmente do farmacêutico, na oportunidade singular do contato com o usuário, melhorando com isso a adesão, a identificação precoce de efeitos adversos, bem como a orientação ao usuário sobre os medicamentos e suas interações. "Nosso objetivo é oferecer um guia para os serviços, tanto da parte técnica do trabalho quanto a respeito da humanização da relação entre profissionais e usuários", justificou Vera.

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