Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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ENSP discute gestão da informação para atender Teias - Escola Manguinhos

A importância da automação dos processos de trabalho em saúde é um assunto que já vem sendo discutido há vários anos no Sistema Único de Saúde. A efetivação da automação valoriza a informação e auxilia a organização desses processos na busca por melhor qualidade de vida para os brasileiros. Frente ao desafio da coordenação do Território Integrado de Atenção à Saúde 'Teias - Escola Manguinhos', o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da ENSP está repensando os seus próprios processos de informação e de trabalho.

A Fiocruz, por meio da Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional, vem fomentando a discussão da gestão da informação em todas as unidades assistenciais da Fundação, e a direção da ENSP também apoia essa estratégia. De acordo com a chefe do Centro de Saúde Escola, Else Gribel, está sendo realizado um levantamento do que é feito no Centro de Saúde e quais são as novas possibilidades. "A discussão da informação é um sub-item do Teias. Estamos tentando pensar os processos de gestão do Teias, pois o Centro de Saúde é um dos equipamento dessa iniciativa", apontou Else.

Nos dias 4 e 11 de março, a ENSP recebeu o professor da Universidade Estadual de Campinas e ex-secretário de Saúde de Campinas, Gastão Wagner, para fazer uma consultoria do projeto. Ele está trazendo toda a experiência que tem nas práticas de atenção primária e na gestão da clínica. Segundo Elyne Engstron, coordenadora do 'Teias - Escola Manguinhos', a oficina vai promover um debate conjunto sobre o modelo de gestão para o Teias, voltado para a atenção à saúde, ensino e pesquisa.

Else lembrou que, hoje, o CSEGSF trabalha com uma média de 67 mil prontuários abertos, na sua maioria de pessoas provenientes do Complexo de Manguinhos. "Com a entrada do 'Teias - Escola Manguinhos' ficaremos à frente da gestão de mais duas unidades na área. Temos que pensar como será esse processo. Ainda não temos respostas, não sabemos que caminho será tomado. Será um prontuário único? Os processos serão automatizados? Uma unidade conseguirá enxergar a outra em atendimentos diferentes? O que precisa ser feito? Qual sistema será usado?", indagou Else, afirmando que esta também será uma construção coletiva e articulada, assim como é a iniciativa do Teias, e as oficinas com o Gastão Wagner serão norteadoras desse processo.

Paralelamente a isso, o Centro de Saúde Escola está repensando o seu processo assistencial. "Sua missão está definida e clara enquanto departamento da ENSP. Nós fazemos ensino, pesquisa e assistência. Porém, com a cobertura de 100% do Programa de Saúde da Família em Manguinhos queremos reorganizar os nossos processos de trabalho. Com isso teremos muitas outras indagações: Seremos um serviço de portas fechadas e atenderemos apenas pessoas encaminhadas? Vamos trabalhar com o sistema de interconsulta e entender isso como um processo de educação permanente e de melhoria da qualidade da assistência? Só atenderemos pessoas referenciadas?

"Uma nova configuração está sendo pensada. Pois, além do registro fragmentado, trabalhamos com dois sistemas paralelos de registros nacionais", contou ela. Mas a importância da automação dos processos de trabalho em saúde não é nova. Inclusive essa questão foi abordada no mestrado profissional em saúde pública, gestão da informação e comunicação em saúde da ENSP realizado pela chefe do Centro de Saúde Escola, cujo tema foi 'Atenção Básica: do Processo de Trabalho ao Sistema de Informação. O trabalho buscou identificar os registros e como eles refletem os processos de trabalho nos sistemas de informações utilizados.

A chefe do CSEGSF completou dizendo que a qualidade da informação é fundamental, pois vai possibilitar que se trabalhe com padrões, protocolos e também com mais agilidade no monitoramento e avaliação. "Portanto, poderemos dar um retorno mais rápido para os profissionais e também estaremos mais organizados para o campo da pesquisa e do ensino. Nesse processo, a primeira ação é promover uma forte sensibilização dos profissionais que trabalham na ponta do sistema a respeito da qualidade do registro. E essa qualidade independe de ser no papel ou no computador. Quando se automatiza esse processo, a unidade de saúde passa a ter mais recurso e agilidade para a gestão no acompanhamento da qualidade e na orientação e reorientação de processos. Conseguimos ver se o que está sendo feito de fato está dando resultados, se está melhorando a qualidade de vida da população atendida ali".

Imagem de capa: Centro Universitário Uma

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