Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Teias - Escola Manguinhos: pesquisa e assistência na lógica de construção da saúde

Associar processos de produção de conhecimento e desenvolvimento tecnológico de relevância para o Sistema Único de Saúde com a assistência à saúde é a nova estratégia proposta pela parceria intrainstitucional estabelecida entre a ENSP e o Programa de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde Pública da vice-presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz. Essa ação induzirá trabalhos estratégicos voltados para o Projeto Território Integrado de Atenção à Saúde 'Teias - Escola Manguinhos'.

De acordo com o diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho, a iniciativa é ousada, pois "além do compromisso com a pesquisa e com a produção de conhecimentos acerca dessa nova experiência, também temos a responsabilidade contratualizada de prestar serviços de qualidade à população". As diretrizes, definições e preposições para a nova Rede PDTSP-Teias foram discutidas na ENSP, em 9/2, no primeiro seminário sobre o tema. Estavam presentes na mesa de debates os representantes de diversas frentes, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o diretor da ENSP, Antônio Ivo, a responsável pela direção do Teias, Elyne Engstron e a coordenadora do PSTSP, Ana Rabello. No decorrer do evento, Elyne e Ana recuperaram a história das duas iniciativas, traçaram um panorama geral e indicaram perspectivas sobre os projetos Teias - Escola Manguinhos e o PDTSP - Teias, respectivamente.

Assim como Paulo Gadelha, o diretor da ENSP também ressaltou a integração, o diálogo e a abordagem de temas relevantes para o SUS como pontos principais nesse processo conjunto de trabalho. "Dentro da Fundação, já temos um grande acúmulo de experiências nesse território, que são provenientes das diferentes unidades. Elas não são apenas voltadas para a atenção médica e a promoção à saúde, mas também para aspectos sobre a maneira de pensar o território efetivamente de forma integrada. A reorganização e requalificação dos processos de trabalho refletirão na maneira como a população constrói sua identidade e suas experiências com Manguinhos", disse o presidente da Fiocruz.

Gadelha lembrou ainda que essa possibilidade não está destinada apenas para o território de Manguinhos, "onde, certamente, essa experiência será muito mais intensa e densa. Ela também está disponível para outros territórios em que nós estamos inseridos, como o campus Fiocruz Mata Atlântica e o Centro Tecnológico de Medicamentos, ambos localizados na zona oeste do Rio de Janeiro. A Fiocruz está situada em um corredor de territórios de desafios intensos no que se refere, entre outras questões, ao baixo nível do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e à ausência do poder público em diversos sentidos. Se trabalharmos com sinergia, essa será uma experiência inédita, fantástica e exemplar", completou ele.

O conceito e o modelo do Teias - Escola, explicou Antônio Ivo, "é, de certa forma, uma evolução das diretrizes propostas há 30 anos na declaração de Alma Ata. O relatório da Organização Mundial de Saúde de 2008 também já menciona a atenção primária requalificada e com uma visão muito mais ampla e social. Com o Teias - Escola Manguinhos queremos consolidar a ideia de uma atenção primária que se insere dentro da lógica da construção da saúde, e não apenas na lógica de produção de serviços simplificados ou básicos de saúde. Esse desenvolvimento, junto com a Fiocruz como um todo e por intermédio do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da ENSP, representa a evolução da própria relação da Escola com o sistema no nível local".

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