Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Observatório de Informação e Tecnologia de Informação em Saúde estimulará rede colaborativa

Com o intuito de fomentar o estabelecimento de uma rede colaborativa de intercâmbio entre experiências de desenvolvimento de inovações e boas práticas de gestão da transformação da informação em conhecimento útil e relevante para o SUS, está sendo desenvolvido na ENSP o Observatório de Informação e Tecnologia de Informação em Saúde. O projeto faz parte do Consórcio EuroSocial - programa do qual a ENSP é membro - que busca a coesão social na América Latina através do fortalecimento de políticas públicas e da capacidade institucional de gestão.

O Observatório é uma iniciativa da ENSP, coordenado pela pesquisadora do Departamento de Ciências Sociais, Ilara Hammerli em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais. Ele foi criado em função das necessidades e entendimentos expressos pelos membros do Consórcio EuroSocial e faz parte da linha de intercâmbio 'Las TIC como herramienta para mejorar la gestión y la calidad de la atención de los servicios de salud'. Seu objetivo geral é a análise conjunta entre atores das perspectivas e do potencial que o uso da Informação e o desenvolvimento das Tecnologias de Informação em Saúde oferecem à Atenção Primária em Saúde, como mecanismos propulsor da equidade e inclusão social.

A atuação do Observatório será feita por meio de uma estratégia de gestão colegiada composta por dois comitês: um gestor e um executivo. O Comitê Executivo vai elaborar as propostas que serão submetidas ao Comitê Gestor. O Comitê Gestor, inicialmente, será formado por Brasil, Colômbia e México, que já são parceiros por meio do Eurosocial. Mas de acordo com Ilara, a parceria com Equador, Inglaterra, Estados Unidos e Espanha já está em negociação. No Brasil, além da ENSP, o Comitê Executivo é composto pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade de São Paulo (USP) e o Ministério da Saúde. Nos demais países as parcerias são feitas principalmente com universidades.

Ilara explicou que este Observatório trabalhará com o conceito de 'área de domínio de saberes e práticas'. "O trabalho com informação e tecnologia da informação em saúde e telessaúde é um campo muito abrangente e tem aplicações em diversas áreas. Então, concluímos que a melhor opção será eleger áreas a serem trabalhadas. E por decisão do grupo, a primeira área de domínio de saberes e práticas trabalhada será a Atenção Primária em Saúde", disse ela, que completou dizendo que a idéia é que este observatório seja contínuo e paulatinamente vá implementando novas área de domínio".

Segundo a coordenadora do projeto, a forma de participação no Observatório será sempre por adesão de instituições de ensino, pesquisa e atenção à saúde. "É importante destacar que, neste projeto estão trabalhando em conjunto o Departamento de Ciências Sociais, o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria e a Coordenação de Comunicação Institucional da ENSP e também o Canal Saúde e a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz. Todo o material produzido pelo Observatório será disponibilizado em um sítio eletrônico próprio que será lançado ainda em 2009 e ficará hospedado no Portal ENSP.

"Na verdade, a ideia é que este Observatório seja âncora de um processo mais amplo e articule iniciativas de inovação na área de informação, tecnologia de informação em saúde e telessaúde. No site serão disponibilizadas experiências inovadoras relacionadas ao uso e desenvolvimento de produtos e serviços, de direito público, no campo da Informação e da tecnologia da informação para apoio à decisão em saúde, que sejam relevantes para o SUS, tanto na área assistencial quanto na área de formação e experiências em telessaúde", descreveu Ilara.

A pesquisadora afirmou ainda que este será um espaço de discussão e circulação comunicativa de saberes e práticas no âmbito desses três grandes componentes (Informação, Tecnologia de Informação e Telessaude), que também na perspectiva dos processos educacionais mediados por tecnologias de informação e comunicação. Com a ampliação do conhecimento relacionado ao uso da Informação e da TI em Saúde na atenção primária e do intercambio de experiências, as instituições latinoamericanas e européias poderão identificar em que medida e de que maneira esses saberes e práticas podem contribuir para a redução da pobreza, com a reorientação de uma visão puramente tecnicista e restrita para um enfoque mais integral de saúde pública/coletiva.

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