Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Projeto Mafalda será apresentado no XII Congresso Mundial de Saúde Pública

O projeto que investiga o modelo de assistência farmacêutica no enfrentamento da malária em municípios de alto risco da Amazônia Legal será apresentado no XII Congresso Mundial de Saúde Pública, que acontece de 27 de abril a 1 de maio, em Instambul, na Turquia. 'Modelo de Avaliação para Assistência Farmacêutica em Endemias Focais na Amazônia Legal, Brasil: Prescrição, Dispensação e Adesão ao Tratamento de Malária não Complicada por P. vivax E P. falciparum em Municípios de Alto Risco (Mafalda)' é o título do trabalho, coordenado pela pesquisadora do Núcleo de Assistência Farmacêutica da ENSP (NAF/ENSP), Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro. Em sua apresentação, a pesquisadora vai destacar a importância de reconhecer a malária como um desafio de saúde pública para o século XXI no Brasil.

O Projeto Mafalda surgiu de uma demanda da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), mas teve como ponto de partida um estudo sobre doenças negligenciadas elaborado por pesquisadores no Núcleo de Assistência Farmacêutica da ENSP (NAF/ENSP). Seu principal objetivo é investigar a assistência farmacêutica no enfrentamento da malária e, nessa investigação, os pesquisadores propuseram uma modelo de avaliação e investigação de 600 pacientes, em seis municípios, e 600 prontuários de gestantes em quatro municípios. O projeto Mafalda foi aceito em um edital, inédito, do CNPq direcionado à área farmacêutica em 2005 para o biênio de 2006/2007.

A equipe, coordenada por Claudia Osorio, é composta por mais seis pesquisadoras da ENSP - Mônica Campos, Adriana Ruiz, Gabriela Costa Chaves, Elaine Silva Miranda, Ana Cristina Soares Ferreira e Letícia Figueira Freitas - e uma do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) - Martha Suárez Mutis -, além de contar com vários colaboradores da Escola e de outras instituições. Além do Projeto Mafalda, um trabalho sobre a doação humanitária de medicamentos, tema da tese de doutorado de Elaine Miranda na ENSP, será apresentado na forma de pôster.


O congresso terá aproximadamente setenta trabalhos apresentados de forma oral, e o do NAF foi um dos escolhidos. A coordenadora do projeto pretende destacar os problemas da malária no Brasil e ressaltar que a doença é uma questão de saúde pública no país."Embora alguns números de casos estejam caindo em alguns lugares, a gente não pode dizer que a malária está em queda. Esperamos que isso aconteça, mas é preciso que acompanhar. Portanto, é preciso monitorar a assistência farmacêutica prestada à doença, que é objetivo do trabalho".

Ainda de acordo com Cláudia, é importante deixar claro que a malária deve ser encarada como desafio de saúde publica para o século XXI, principalmente com a expansão da população dentro da Amazônia. "A malária não existia em alguns lugares, mas passou existir porque há a migração da popoulação para essas áreas. Além disso, é preciso avaliar os desafios do serviço e se o modelo de assistência farmacêutica dá conta de responder as necessidades da população e dos pacientes. Participar de um congresso desse porte é importante para nós. O Brasil terá uma participação significativa no congresso, o que demonstra que a saúde pública é um tema de expressão pra gente".

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