Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Anvisa lança manual sobre infecções em recém-nascidos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou, no último dia 22 de outubro, o primeiro manual para identificação de infecções hospitalares em recém-nascidos. O Manual de Definições de Critérios Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (pdf) já está disponível para consulta na página da Anvisa.

O objetivo do Manual é sistematizar a vigilância das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) em neonatologia, para evitar que o problema atinja os recém-nascidos. As IRAS afetam mais de 30% dos bebês que nascem no Brasil. Estima-se que 60% da mortalidade infantil brasileira ocorra no período neonatal.

A partir da definição de critérios adaptados à realidade nacional, construídos com base em padrões internacionalmente aceitos (como aqueles utilizados nos Estados Unidos da América e em países europeus), o atendimento em neonatologia passa a contar com um padrão único, harmonizado à realidade local.

Com base no que orienta o Manual, a rede neonatal brasileira passará a fornecer dados mais confiáveis e padronizados, que poderão ser utilizados para fazer comparações entre as diversas instituições nacionais.

Os dados que serão gerados na rede nacional de assistência neonatal servirão como ferramentas para que se elaborem estratégias de prevenção e controle das infecções em recém-nascidos, priorizando os bebês classificados como de alto risco.

A padronização proposta pela Anvisa também facilita a notificação das ocorrências de infecções neonatal nos sistemas informatizados de interesse da vigilância sanitária. As maternidades e redes de atendimento a recém-nascidos terão um critério único para inserir seus dados no Sistema Nacional de Informação para o Controle de Infecções em Serviços de Saúde (Sinais), gerenciado pela Anvisa.

Elaboração

O manual é resultado de um ano de trabalho de uma comissão organizada pela Anvisa. Desse grupo participaram especialistas em neonatologia do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, além de profissionais que atuam na comunidade acadêmica e em hospitais com expressivo atendimento materno e neonatal.

"Esperamos que os profissionais de saúde tenham mais facilidade em realizar o diagnóstico a partir de um padrão homogêneo sobre infecções neonatais", comentou Leandro Queiroz Santi, gerente de Investigação e Prevenção de Infecções e Eventos Adversos.

O Manual será apresentado durante o Congresso Brasileiro de Infecção Hospital, que será realizado entre os dias 20 e 23 de novembro, no Rio de Janeiro. No momento, o documento está disponível apenas em sua versão eletrônica.

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