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Agentes Comunitários de Saúde da ENSP inauguram curso técnico piloto

Qualificar e instrumentalizar os trabalhadores da atenção básica é o principal objetivo do Curso Técnico de Agentes Comunitários de Saúde, desenvolvido pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), em parceria com a ENSP e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. A aula inaugural acontece nesta quarta-feira (1/10), com a palestra 'Agentes Comunitários de Saúde: a luta pela profissionalização dos trabalhadores da atenção básica em saúde', ministrada pela presidente da Confederação Nacional dos ACS, Tereza Ramos. O evento acontecerá no auditório Joaquim Alberto Cardoso de Melo da Escola Politécnica, às 9h30, e será transmitido, em tempo real, pela página eletrônica da EPSJV.

O Curso Técnico de Agentes Comunitários de Saúde foi elaborado com base em uma metodologia fundamentada na união entre a experiência empírica dos agentes enquanto moradores das comunidades e na formação teórica da área. O curso tem duração de dois anos e visa preparar profissionais para atuar como técnicos de nível médio junto às equipes multiprofissionais que desenvolvem ações de cuidado e proteção à saúde de indivíduos e grupos sociais em domicílios e comunidades. O agente comunitário de saúde desenvolve ações de promoção da saúde e prevenção de doenças por meio de processos educativos, facilitando o acesso às informações e às ações de promoção social, proteção e desenvolvimento da cidadania dentro das comunidades.

Para a coordenadora de Pesquisa do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP/Fiocruz), Elyne Engstrom, essa formação visa à instrumentalização dos ACS baseada em ferramentas teóricas reflexivas que possibilitam uma maior qualidade e profissionalização do trabalho. "Além das aulas teóricas, o curso também tem como pilar as experiências profissionais vividas pelos próprios alunos. É muito importante trazer para dentro da sala de aula as práticas cotidianas dos ACS", apontou Elyne. Ainda de acordo com ela, os ACS cumprem o papel de mediador, pois ao mesmo tempo que fazem parte da equipe de saúde da família, também são moradores das comunidades assistidas, e completou: "Esta é uma relação muito próxima e, por isso, eles acabam se tornando referências dentro das comunidades".

A Escola Politécnica tem experiência no suporte de atividades para a realização de cursos em outras unidades nacionais de ensino, mas essa é a primeira vez que constrói sozinha toda a metodologia de um curso. Elyne assegurou que "a parceria da ENSP na formação dos ACS se deu por meio da contribuição técnica dos profissionais da Escola que trabalham na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Eles trouxeram para o desenho do curso a visão prática que adquiriram com o trabalho desenvolvido na Escola. Além disso, toda parte prática será ministrada dentro do Centro de Saúde Escola da ENSP com as equipes de Saúde da Família". A coordenação geral do curso está a cargo de Márcia Valeria Morosini, professora da Escola Politécnica.

"Este curso é um investimento a médio prazo. Esperamos, com isso, qualificar o trabalho desses agentes e desenvolver reflexões e produtos que possam ser compartilhados com outras unidades educacionais de saúde, como as Escolas Técnicas do SUS (ETSus). Não queremos mais investir em uma formação fragmentada", admitiu Elyne. O foco do curso está na formação técnica integral e na regularização dos vínculos para, assim, subsidiar a luta dos ACS pela profissionalização de sua categoria. Essa formação legitima a busca por condições necessárias para o desenvolvimento da atenção básica universal, integral e de qualidade no âmbito do SUS.

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