Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Centro de Saúde Escola inaugura espaço para pesquisa clínica e nova farmácia

Produzir conhecimento por meio de ações concretas está dentre os principais objetivos dos cerca de 200 funcionários que compõem a equipe multiprofissional do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP). Para fomentar essa prática, nesta quarta-feira (10/09), durante as comemorações dos 54 anos da Escola, o Centro de Saúde inaugurará dois espaços estratégicos na promoção da saúde: o Espaço de Pesquisa Clínica e a Farmácia, que já funcionava, mas passou por significativa readequação.

Além de fortalecer a missão do CSEGSF - que é promover e cuidar da saúde da população de Manguinhos e desenvolver ensino, pesquisa e tecnologia em saúde pública - essas ações estão inseridas no processo de acreditação pelo qual o Centro de Saúde vem passando desde 2006.


Atenção à pesquisa na busca por melhor qualidade na assistência

O espaço de pesquisa clínica será composto de dois consultórios e uma sala de espera própria. De acordo com a coordenadora de Pesquisa do Centro de Saúde, Elyne Engstrom, esse espaço foi pensado com o intuito de proporcionar melhores condições para o desenvolvimento de estudos clínicos sobre intervenções e novas tecnologias em saúde. "Temos procurado revigorar as atividades de pesquisa que já existem, dando um incentivo a essa prática. Nós já fazemos pesquisa e também fazemos assistência. Além de construir e avaliar novas intervenções na atenção básica, visando à melhoria da qualidade dos serviços, poderemos também testar novas tecnologias e diagnósticos. A idéia é fazer as duas coisas concomitantemente", apontou ela.

A utilização do espaço foi cuidadosamente pensada para não trazer prejuízos à assistência. "Somos responsáveis por esta população. O nosso trabalho vai além do atendimento das demandas, nós promovemos saúde", afirmou a pesquisadora, que continuou: "Por esse motivo, nossas pesquisas sempre têm como objeto a clínica. Apenas pesquisas que enfoquem a população que atendemos diariamente". De acordo com Elyne, o espaço ainda é pequeno, mas representa uma grande conquista para todos os profissionais do Centro de Saúde. Os estudos realizados na Escola passam por uma série de aprovações. Dentre elas estão a coordenação de pesquisa e o comitê de ética.

Garantia de acesso e promoção do uso racional de medicamentos

A farmácia do Centro de Saúde passou por um momento de revisão e adequação de seus processos de trabalho. A assistência farmacêutica utiliza o medicamento como componente estratégico em ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde com o uso racional desses insumos. O objetivo da reestruturação da farmácia foi promover a interação direta do profissional farmacêutico com os usuários do serviço visando ao acolhimento dos pacientes da farmácia no nível da atenção básica. Essas ações proporcionam uma assistência mais participativa, potencializando, assim, a resolutividade dos problemas e garantindo resultados mais concretos em saúde.

"Fomos contemplados com um edital de pesquisa nessa área e traçamos um diagnóstico da relação entre o profissional farmacêutico e o usuário. Depois disso, avaliamos o espaço e a estrutura física do Centro de Saúde e promovemos mudanças no modelo de assistência criando, entre outras coisas, ambientes de acolhimento", disse Vera Lúcia Luisa, do Núcleo de Assistência Farmacêutica do Departamento de Ciências Biológicas da ENSP. Ainda de acordo com ela, esse projeto se encaixou, de forma muito harmônica, com os padrões e princípios que já estavam sendo propostos pelo CSEGSF. "Os pacientes já conseguem perceber a mudança de postura por parte dos profissionais de saúde. É essencial que exista envolvimento por parte da equipe. E a reforma só veio potencializar essa nova atitude, que já é visível aos olhos dos pacientes atendidos no Centro de Saúde".

O Centro de Saúde Escola atende a uma população de cerca de 50 mil pessoas, residentes no entorno da Fiocruz. Durante o último ano, realizou 78 mil visitas domiciliares por meio das equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) e visitadoras sanitária; 64 mil exames laboratoriais; 33 mil atendimentos na farmácia, com entrega de medicamentos; 14 mil imunizações; 25 mil atendimentos médicos. Em 2008, enfrentou um grande desafio com a epidemia de dengue no Rio de Janeiro. Foi também durante este ano que se tornou um Centro de Referência Nacional de Vigilância em Saúde na Atenção Básica, ampliando, assim, o escopo das pesquisas desenvolvidas com investimento na pesquisa clínica e na qualificação de profissionais de saúde, por meio da residência médica e multiprofissional em saúde da família.

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