Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Pesquisa analisa aspectos familiares no risco de doenças cardiovasculares em crianças

Detectar a prevalência de fatores de risco de doenças cardiovasculares em crianças de cinco a nove anos em comunidades de baixa renda foram os objetivos do trabalho apresentado pelas pesquisadoras da ENSP, Sueli Rosa Gama (CSEGSF/ENSP) e Letícia Cardoso (Demqs/ENSP), na sessão científica do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, realizada na segunda-feira (25/08), na ENSP. Alguns resultados chamaram atenção: 68,5% das crianças apresentaram alguma dislipidemia e apenas 10,7% sobrepeso, alertando para alta prevalência de um fator de risco silencioso entre as crianças de idade escolar de Manguinhos.

As pesquisadoras apresentaram os resultados de um estudo que acompanha a evolução dos fatores de risco para doenças cardiovasculares (DCV) numa coorte aberta da população infantil de faixa escolar atendida no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP). As responsáveis pelo estudo são as pesquisadoras Sueli Gama, Elyne Engstrom, Letícia Cardoso, Marilia Sá Carvalho, Célia Regina Moutinho de Miranda Chaves e a bolsista Roberta Gabriela Pimenta Araújo.

Durante a sessão, Sueli afirmou que a pesquisa é bastante relevante, já que as DCV são uma das maiores causas de morbidades no mundo e a primeira causa de morte no Brasil. Além do mais, é uma das maiores causas das aposentadorias no Brasil. "Um alto Índice de Massa Corporal (IMC) constitui o principal fator de risco para um conjunto de doenças crônicas, incluindo-se as doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. Por isso um estudo desse porte é muito importante", argumentou.


Foram avaliados o estado nutricional, lipidograma, hábitos alimentares, aspectos socioeconômicos, a prevalência de atividade física e sedentarismo e a associação do perfil lipídico, da pressão arterial, das morbidades familiares, da atividade física e do tabagismo com o estado nutricional.

Na seqüência, Letícia Cardoso apresentou o estudo de coorte, iniciado no final de 2007, que acompanha a evolução ao longo do tempo dos fatores de risco para DCV. Este estudo tem como objetivo estimar o efeito de aspectos sócio-demográficos e econômicos da família, além das ações ou práticas assistenciais individuais e coletivas registradas em prontuário sobre os desfechos analisados ao longo do tempo. De acordo com a pesquisadora, a alta prevalência dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares desde a infância e a evidência de alimentação infantil inadequada indicam a necessidade de desenvolver uma estratégia preventiva, procurando atingir toda a família, de forma a alterar os padrões de ingestão de alimentos das populações de baixa renda em direção a comportamentos mais saudáveis.

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