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Saúde indígena: aula inaugural aproxima alunos e tutores

A aula inaugural da segunda turma do Curso de Vigilância Alimentar e Nutricional para a Saúde Indígena reuniu alunos, tutores, orientadores, coordenadores e gestores, na sexta-feira (15/08), para apresentar os objetivos e os resultados da avaliação da primeira etapa do programa, destinada aos alunos de especialização. O questionário moldou a nova fase do curso e revelou a necessidade de criar um momento presencial para aproximar alunos e tutores que trabalham com a saúde indígena em áreas de difícil acesso no país.


O dia foi dividido em dois momentos. Na parte da manhã, uma dinâmica com alunos, tutores e orientadores foi promovida com a intenção de aproximá-los e apresentar os objetivos do curso - agora no nível de aperfeiçoamento e desenvolvimento - e do projeto de implantação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). À tarde, Carlos Machado de Freitas, vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da ENSP; Flávio Pereira Nunes, da Coordenação-Geral de Atenção à Saúde Indígena (CGASI); Guilherme Macedo, técnico do Vigisus; Denise Oliveira uma das coordenadoras do curso; e Lúcia Dupret, coordenadora da Educação a Distância da ENSP (EAD/ENSP), deram uma mensagem de boas vindas aos alunos. Na seqüência, Silvia Gugelmin, também coordenadora do curso, apresentou os resultados da avaliação da turma de especialização.


A mensagem de boas vindas foi transmitida, via Rede Fiocruz, para os nove pólos do programa. Carlos Machado destacou o alcance dos cursos a distância realizados pela Escola e a parceria institucional entre ENSP e Funasa para a realização do curso. Em seguida, Flávio Pereira afirmou que um dos grandes desafios do Sistema de Único de Saúde é garantir uma atenção à saúde diferenciada para a população indígena. De acordo com o representante da CGASI, as condições adversas nas quais essa população se encontra ocasionam diversos problemas de saúde, mas a Funasa vem agindo em diversas frentes. "Reduzimos em 40% o índice de mortalidade infantil, os casos de tuberculose e estamos com uma cobertura vacinal em cerca de 70%. Isso mostra que é possível lutar para garantir uma atenção diferenciada a essa população. Parcerias como esta favorecem a qualificação e a formação de recursos humanos", admitiu.

Lúcia Dupret, coordenadora do EAD/ENSP, ressaltou que momentos como estes dão a sensação de dever cumprido, graças às diversas etapas que envolvem a criação de um curso. Reconheceu que a educação a distância é uma estratégia de formação nacional, com importante participação na implantação de políticas públicas no país, e comentou a implantação do ensino a distância na Fiocruz. "Construir o EAD na ENSP foi uma ousadia, mas isso não é novidade nenhuma para a Fundação. Compartilhar mais essa experiência com a Funasa será enriquecedor", garantiu. Por fim, o técnico do Vigisus, Guilherme Macedo, afirmou que o objetivo do projeto é fortalecer a saúde indígena por meio de ações inovadoras, e entre elas está o Sisvan. "O curso irá fortalecer a qualificação da mão de obra, o que garante uma maior qualificação também no serviço. Em 2004 tínhamos apenas cinco distritos enviando dados sobre as condições de saúde dos índios. Agora temos 33".

Avaliação da estratégia de implantação do Sisvan para a Saúde Indígena

Após as boas vindas, Silvia Gugelmin foi responsável por apresentar os resultados da avaliação realizada com a primeira turma do curso, formada em novembro 2007, com 241 alunos de 23 estados e do distrito federal. Os tutores e alunos enviaram a avaliação do curso em maio de 2008, e os itens analisados foram: os pontos positivos e negativos, a mediação virtual, a participação, o material didático, o conteúdo e as mudanças na prática. A coordenadora afirmou que a avaliação apontou como pontos positivos a possibilidade de acesso de forma rápida, fácil, simples e em qualquer horário ao material; a troca com outros alunos, além do interesse e apoio do tutor. "Os alunos também destacaram a possibilidade de ampliação de conhecimentos, o estímulo à curiosidade, à pesquisa, a articulação ensino/serviço e integração entre teoria e prática".

Com relação aos limites do curso, os alunos apontaram a dificuldade na organização e disponibilidade de tempo deles próprios, a rotina de trabalho (tempo na aldeia, sobreaviso, carga horária), a instabilidade do emprego, a dificuldade utilização do computador no trabalho e as limitações no acesso à internet.

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