Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Centro de Saúde Escola comemora semana mundial da amamentação

Com o tema 'Nada mais natural que amamentar. Nada mais importante que apoiar', o presidente Lula abriu na sexta-feira (1/08) a 17ª Semana Mundial da Amamentação, no campus da Fiocruz, no Rio. Envolvidos na campanha, os profissionais do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP) também promoveram ações com foco na amamentação. Os benefícios, as vantagens e a importância do aleitamento materno foram alguns dos aspectos abordados em palestra realizada no pátio do CSEGSF, direcionada a gestantes, lactantes e seus familiares atendidos pelo Centro de Saúde Escola.

Além de um ato de amor, o aleitamento materno é o mais eficiente instrumento na direção da promoção de saúde física e mental do ser humano desde a primeira fase da vida. Durante a palestra, ministrada pela enfermeira Hilda Barreto, do Centro de Saúde Escola, foram esclarecidas dúvidas sobre o manejo clínico do aleitamento materno e os procedimentos adequados. A enfermeira deu destaque para a atuação dos profissionais e dos familiares no apoio à mulher lactante. "No período da amamentação, a mulher precisa de calma para dar toda a atenção para o seu bebê e para isso deve contar com o respaldo dos familiares", falou ela. O ato de amamentar faz bem tanto para a saúde da criança quanto para a saúde da mulher. São muitas as vantagens: a rápida retomada das formas normais do corpo, a redução do sangramento, a diminuição do tempo em que o útero e o volume do seio costumam levar para voltar ao tamanho normal e o aumento do vínculo afetivo da mãe com o bebê.

"O leite materno é gratuito, de fácil aquisição e vem na temperatura ideal para o bebê", apontou a enfermeira, que continuou: "o primeiro leite, o colostro, dá a proteção necessária para o bebê. Muitas mães acham que esse leite é fraco, mas é formado de acordo com o momento que a criança está, com o que o organismo dele está preparado para receber. O uso do leite artificial deve ser a última opção na alimentação do bebê. Economicamente, fisiologicamente e emocionalmente a nutrição feita exclusivamente pelo leite materno, até os seis meses de idade, é a melhor opção para todas as famílias", explicou Hilda.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), divulgada no início de julho, 43% das crianças são amamentadas na primeira hora de vida no Brasil, 99% são amamentadas no primeiro dia de vida e 40% das crianças menores de seis meses recebem exclusivamente o aleitamento materno - recomendação preconizada pelo Ministério da Saúde. Este ano, o foco da campanha do MS não é apenas difundir entre as gestantes e as mães a importância do aleitamento materno para a saúde dos filhos, e sim sensibilizar toda a família sobre o quanto é imprescindível o apoio à mulher para que ela possa dispor de tempo e tranqüilidade para amamentar o seu filho.


Além de ser o alimento mais completo para o bebê, o leite materno é isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança. Ele é fundamental para a saúde das crianças nos seis primeiros meses de vida por ser um alimento completo, formado por componentes para hidratação e para fatores de desenvolvimento e proteção como anticorpos, glóbulos brancos, laxantes, ácidos graxos, vitaminas e muitos outros que funcionam contra infecções comuns da infância.

A história da criação da campanha em favor do aleitamento materno

A idéia de realizar uma campanha surgiu de um encontro de organizações não-governamentais, promovido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 1991, na cidade de Nova Iorque. Desse encontro nasceu a Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (World Alliance for Breastfeeding Action - Waba). A proposta da Waba era formar uma rede guarda-chuva para abrigar organizações, indivíduos e até mesmo outras redes que apostam na amamentação e a defendem como direito das crianças e mulheres a ser respeitado por todas as sociedades.

A primeira campanha de amamentação aconteceu no ano seguinte à formação da Aliança, em 1992, em mais de 150 países, com o propósito de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. No Brasil, a semana foi coordenada pela Waba até 1998 e, a partir de 1999, passou a ser de responsabilidade do Ministério da Saúde. Comemorada em agosto, a mobilização cresce a cada ano e conta com o apoio das secretarias estaduais e municipais de Saúde, ONGs, organismos internacionais, sociedades científicas, hospitais amigos da criança e rede nacional de bancos de leite humano e outros parceiros.

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