Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Mercosul e países associados realizam prevenção inédita às DST/aids nas fronteiras

Pela primeira vez, os países do Mercosul e os associados ao bloco realizarão ação conjunta de prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis nas fronteiras. A partir da segunda quinzena de julho, serão distribuídos, em seis pontos de fronteira do Brasil, 3.500 folhetos impressos com informações sobre uso do preservativo e as formas de infecção pelo HIV. Com o slogan "A camisinha é uma fronteira que a aids não ultrapassa", um dos destaques é o respeito à diversidade, por meio da representação de casais heterossexuais e homossexuais.

A iniciativa faz parte do Projeto de Fortalecimento das Ações de DST e Aids nas Fronteiras do Mercosul, em vigor desde 2007, e do qual participam Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. O foco é a integração dos países no combate à epidemia. Uma das ações foi a constituição de Comissões de DST e Aids em Fronteiras, com a participação de representantes dos governos, da sociedade civil e outros parceiros.

Essas comissões ficarão responsáveis pela distribuição do material e definirão inclusive as melhores estratégias para fazer o material chegar às populações mais vulneráveis. É uma forma de contemplar as especificidades de cada um dos oito pontos: Rivera-Santana do Livramento (Brasil - Uruguai); Foz do Iguaçu - Puerto Iguazú - Ciudad del Este (Brasil - Argentina - Paraguai); Corumbá - Puerto Suarez (Brasil - Bolívia); Cobija - Brasiléia (Brasil - Argentina - Uruguai); Tabatinga - Letícia (Brasil - Colômbia - Peru); Pacaraima - Santa Elena de Uiaren (Brasil - Venezuela).

Outras duas comissões, Guajará-Mirim - Guayará-Mirim (Brasil - Bolívia) e Uruguaiana - Paso de los Libres (Brasil - Argentina), estão em fase de implementação de suas comissões e, quando finalizarem, também receberão o material.

A região fronteiriça do Brasil, com mais de 15 mil quilômetros de extensão, é a segunda maior do mundo, atrás apenas da Rússia. "O fato de fazer fronteira com quase todos os países sul-americanos implica um enorme potencial de influência recíproca em relação à transmissão do HIV entre países limítrofes", explica Mariângela Simão, diretora do Programa Nacional de DST e Aids.

Estudo realizado pelo Ministério da Saúde sobre aids nas fronteiras do Brasil, em 2003, mostrou a necessidade de melhorar a qualidade da atenção e implementar ações de prevenção, diagnóstico e assistência. As maiores deficiências são detectadas nos municípios afastados dos centros econômicos e políticos, que geralmente têm grande falta de recursos materiais e humanos.

O Projeto de Fortalecimento das Ações de DST e Aids nas Fronteiras do Mercosul tem recursos da ordem de US$ 400 mil e conta com a parceria do Centro Internacional de Cooperação Técnica (CICT) e a agência de cooperação alemã GTZ.

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