Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

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Estado e município apresentam estratégias para equacionar desafios do PSF

"É possível conseguir um acesso com qualidade ao Programa Saúde da Família? A meu ver, sim", garante o superintendente de Atenção Básica e Gestão do Cuidado da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (SESDEC/RJ), Pedro Lima, no terceiro dia (7/05) do IV Ciclo de Debates: Conversando sobre a Estratégia de Saúde da Família, que acontece na ENSP até o dia 16 de maio. Também participou da mesa a superintendente de atenção básica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS/RJ), Márcia Mochel Dias, que abordou os desafios da atenção básica na cidade do Rio de Janeiro.

Criada em 1996, a Política Nacional de Atenção Básica é o principal instrumento, segundo Pedro Lima, para garantir tal acesso com qualidade pois traz diretrizes que permitem aos municípios pensarem em políticas de saúde no âmbito de suas necessidades. E isso é o que a SESDEC/RJ vem fazendo, ao iniciar uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, além de aumentar o número de unidades para atendimento da população espalhadas por todo o estado. "É claro que existem dificuldades para se chegar a um bom serviço, não só na cidade do Rio, mas também na região metropolitana", afirmou. Revelou ainda que apenas três municípios do Rio (Japeri, Rio das Ostras e Itatiaia), dos 92 existentes, não contam com equipes de saúde da família implantadas.

"Ao todo contamos com 1400 equipes em todo o estado, mas espalhadas de forma irregular na região", citou Pedro. Segundo o superintendente, a região metropolitana do Estado conta com 19 municípios concentrando 80% da população e, por causa disso, o serviço acaba sendo mais qualificado em municípios menores que encontram mais facilidades para implantar o programa, principalmente os das regiões centro-sul e norte. Por fim, afirmou que não adianta ampliar as portas de acesso para o sistema, como o PSF vem fazendo, se ela não estiver organizada e preparada para atender a demanda. E nisso a questão da avaliação é fundamental por se torna um componente importante para ver de que forma a população está sendo acolhida pelo sistema.


Superintendente municipal apresenta situação da atenção básica no Rio de Janeiro

Márcia Mochel Dias, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, explicou que a cidade é dividida em 10 áreas programáticas, contando com 20 centros municipais de saúde, 46 postos de saúde, 15 policlínicas e 63 unidades de Postos de Saúde da Família, com 220 equipes trabalhando. Apesar do número, os desafios são grandes, como a insuficiência de recursos financeiros, uma vez que o custo de cada equipe é caro pois todas são contratadas via CLT, acarretando altos impostos sobre os salários, ou a questão da violência urbana, aonde 84 postos se situam em área de conflito freqüente.

Para resolver os desafios, a superintendente municipal apresentou algumas estratégias visando melhorar o atendimento do PSF na cidade, como transformar as Unidades Básicas de Saúde para a estratégia de saúde da família, com vistas a melhorar o atendimento para as comunidades ou adorar como experiência o modelo 'ESF simplificado' (equipes sem médico), uma vez que 68 equipes trabalham sem médicos na sua formação. Para ela, o principal foco do programa é cobrir 100% da população que vive em áreas sub-normais, que representa 18,7% da cidade do Rio de Janeiro, como forma de melhor atender a demanda municipal.

Confira o áudio e a apresentação na Biblioteca Multimídia da ENSP.

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