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ENSP e UFAC inauguram primeiro mestrado em saúde coletiva na região norte
O primeiro curso permanente de pós-graduação strito sensu na área de Saúde Coletiva da Capes, localizado na Região Norte do país, teve início na última segunda-feira (26/05), no estado do Acre. Fruto de uma parceria entre a Escola Nacional de Saúde Pública e a Universidade Federal do Acre, o Mestrado em Saúde Coletiva é resultado de uma associação temporária, na qual uma instituição consolidada funciona como âncora de um programa em fase inicial, até que o mesmo possa se desenvolver de forma autônoma. O curso contará inicialmente com treze docentes permanentes, sendo cinco do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente da ENSP, que participarão durante os seis anos de vigência da parceria.
A direção da ENSP foi representada pelo chefe do Centro de Estudos do Trabalhador e Ecologia Humana da ENSP, Hermano Albuquerque de Castro. Também estiveram presentes o coordenador do Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da ENSP, Sergio Koifman, e os professores, Aldo Pacheco Ferreira, Frederico Peres, Rosalina Jorge Koifman e Luciana Scarlazzari Costa. O discurso de abertura foi realizado pela coordenadora do Mestrado, Leila Maria Geromel Dotto, que esteve ma companhia dos membros da Comissão Organizadora do mestrado na UFAC, Pascoal Torres Muniz e Simone Opitz.
Em seu discurso, Leila Dotto destacou o ineditismo do programa na região norte do país. Ela comentou toda sua trajetória de criação, que teve início em outubro de 2006, quando a Universidade formou uma comissão com a finalidade de elaborar uma proposta do curso, até março de 2007, data em que a proposta de criação do mestrado foi concluída e enviada para a Capes para avaliação. "Não é apenas mais um programa de pós-graduação, ele é o primeiro programa do Estado do Acre e o único programa na área de Saúde Coletiva da Região Norte, por isso nossa responsabilidade é ainda maior. A região norte possui apenas 11 cursos de pós-graduação nas diversas áreas do conhecimento da grande área de Ciências da Saúde, são sete mestrados, três doutorados e um mestrado profissional. Estes números refletem as dificuldades que a região enfrenta para capacitar seus docentes, criar programas de pós-graduação e formar seus pesquisadores".
A Associação Temporária é analisada como indicativa de uma das mais elevadas formas de solidariedade acadêmica entre programas de pós-graduação. A instituição parceira mais consolidada funciona como âncora do programa para garantir o desenvolvimento do novo curso de forma independente. Dessa forma, faz parte do papel da ENSP assumir a co-responsabilidade na condução do programa, como também em garantir que o mesmo possa prosseguir de forma exitosa após o término do período de colaboração. "A proposta conjunta com a UFAC é a de participarmos da formação de três turmas de mestrado ao longo de seis anos de trabalho conjunto, e após o repasse da experiência docente da ENSP, a Universidade Federal do Acre prosseguirá, de forma autônoma, a gestão do curso", revelou o coordenador do Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da ENSP, Sérgio Koifman, que ministrou a aula inaugural sobre 'Saúde Coletiva no Estado do Acre: desafios e perspectivas'.
A carência de programas de pós-graduação na região da Amazônia reforça a importância da criação do mestrado. De acordo com Koifman, ele é pensado como um centro de reflexão, de discussão, com uma temática regional e específica na área de saúde coletiva, que irá enriquecer também os docentes da ENSP. A primeira turma do Mestrado em Saúde Coletiva da UFAC é composta por 16 alunos, que nos dias 26 e 27 de maio participaram de um seminário com os professores para discutir a proposta de mestrado e os projetos de dissertação a serem desenvolvidos. As orientações dos alunos serão realizadas de forma conjunta entre os docentes da UFAC e da ENSP. Durante o seminário, cada aluno debateu com seus respectivos orientadores as etapas futuras para a implementação das respectivas dissertações.
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