Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

Inovac?o & colaborac?o

A inovac?o com base no conhecimento

Segundo dados do Banco Internacional do Desenvolvimento, o Brasil lidera o ranking da inovação tecnológica na América Latina, à frente inclusive do Chile. Poucas empresas brasileiras, porém - não importa o porte -, investem em inovação. O maior motivo da falta de empenho dos empresários neste quesito é a burocracia: existem programas do governo que incentivam a busca por formas de inovar, mas muitas empresas não atendem aos pré-requisitos e desistem do crédito.


Tanto o governo quanto a iniciativa privada têm responsabilidade neste quadro. Apenas 0,59% do PIB é destinado para a área de pesquisa e desenvolvimento. O setor empresarial investe somente 0,5% do seu faturamento em P&D, montante irrisório se considerarmos que, nos países de primeiro mundo, as empresas chegam a investir 70% do lucro em P&D.

Um dos maiores gargalos para a inovação tecnológica é a falta de pessoas preparadas para inovar, sobretudo porque as próprias empresas não estimulam a criatividade. Uma pesquisa do Sebrae-SP, envolvendo 450 empresas pequenas e médias, indicou que, em 90% delas, só os sócios identificam novas oportunidades. Somente 9% destas companhias oferecem prêmios para estimular as ideias dos colaboradores. Estes dados reforçam a tese de que poucas empresas enxergam a inovação como um meio de incrementar a lucratividade e avançar em novos mercados.

Isto vai de encontro aos objetivos de negócios estipulados na maioria das organizações, uma vez que todas querem se posicionar como inovadoras. Mas grande parte só visa lucros e redução de custos, esquecendo-se que a base da inovação está no conhecimento, na valorização das ideias e na qualidade do ambiente oferecido aos colaboradores. Sem esta base, torna-se impossível o sonho de alcançar resultados aliados à sustentabilidade.

Também é importante que as empresas tenham sempre em mente que não existe inovação sem conhecimento, pois ninguém inova em algo que não conhece. Portanto é fundamental que as companhias mapeiem estoques de conhecimento, criando mecanismos de captura e retenção deste conhecimento. Com isso, fica mais fácil utilizar de forma acertada o ativo intelectual, gerando inovação de forma mais produtiva, envolvendo pessoas que fazem diferença em um assunto.

Um outro ponto a se considerar é a chegada da Geração Y aos cargos estratégicos. Trata-se de uma garotada altamente conectada, antenada a tudo que é novo e que representa uma excelente fonte de inovação. Esses jovens têm ânsia de aprender, não gostam de hierarquia e adoram trabalhar em equipe. Sedento por conhecimento e ascensão, o funcionário Y é um questionador que interage, compete, fornece e exige feedbacks rápidos. Por isso, preza a colaboração e a troca de experiências. Mas há um detalhe: apesar de trazer uma bagagem intelectualmente tecnológica de peso, não é regra que seja capaz de expor esse conhecimento por meio de uma conversa, principalmente com a "velha guarda". Tão focado em tecnologias e tendências, às vezes exprime melhor suas ideias por comunidades e fóruns de debates virtuais, que domina com maestria.

O grande desafio será potencializar essa meninada, trabalhando a gestão da empresa a partir de conceitos da Web 2.0. Apesar de ainda haver questionamentos sobre esse tipo de inovação, ela já pode ser considerada uma questão de sobrevivência para organizações de sucesso. Na Braskem, por exemplo, 25% dos pesquisadores são colaboradores externos; na Procter e Gamble 50% dos produtos são desenvolvidos com base em co-criação; e na Natura 50 a cada 100 projetos em curso são feitos em rede. Estas sim estão indo além dos muros, reduzindo time-to-market e custos.

A inovação com base no conhecimento é uma barreira difícil de ser ultrapassada, mas imprescindível para as empresas que desejam alcançar competitividade e desenvolvimento sustentado. Está mais do que provado que os investimentos assertivos em inovação refletem na produtividade da equipe, na maneira como os colaboradores pensam e, consequentemente, na criação de oportunidades de negócios. E quando é assim, todos saem ganhando: empresa e funcionários.

Fonte: http://www.dci.com.br/A-inovacao-com-base-no-conhecimento--360783.html

Publicado por: Ana Paula Mendonca em: 24-07-2011 às: 16:33

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Voce sabe o que e MOODLE?

Publicado por: Ana Paula Mendonca em: 05-11-2010 às: 10:19

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Internet n?o pode substituir diagnostico medico, diz estudo

Apesar de ter aspectos positivos, pode levar à perda de autoridade e desprofissionalização da medicina

O uso da internet pelos pacientes é um caminho sem volta e, apesar de ter aspectos positivos, pode levar à perda de autoridade e desprofissionalização da medicina. Um estudo de revisão bibliográfica sobre o assunto, que está sendo pesquisado pela doutoranda da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, Helena Garbin, mostra que as opiniões sobre o assunto são antagônicas.

Ela analisou 15 trabalhos, que envolveram 33 autores de 18 universidades. Todos os artigos analisavam quais as consequências que o fenômeno do paciente "expert" pode ter sobre a profissão médica e a medicina tradicional. Há pelo menos três posições bem definidas sobre o tema.

Autores mais radicais entendem que a aquisição de informações sobre saúde pelo paciente, via internet, abala o status e a autoridade do médico. Outros argumentam o oposto, que a disseminação pela rede das pesquisas e de novos tratamentos acaba fortalecendo ainda mais a prática médica, já que os pacientes vão em busca de profissionais mais atualizados. Um terceiro grupo de artigos fica num nível intermediário, ora preservando, ora condenando o médico.

O presidente da Associação Médica Brasileira, José Gomes do Amaral, considera positiva a busca de informações sobre saúde e doença na internet. Mas ressalta que muitas fontes na rede não são confiáveis e o paciente não tem capacidade para fazer essa avaliação.

"Na internet o que existe são informações. O que o médico faz ao longo de sua formação é aprender a usá-la, daí é que reside a complexidade da formação médica", disse Amaral. Por isso, como a medicina avança numa velocidade cada vez maior e as informações acessíveis a todos se multiplicam, a consulta com um médico continua sendo imprescindível.

"No momento de discernir o que é mais importante e colocar peso nas novidades que surgem está a função do médico", afirmou.

A autora do estudo, Helena Garbin, aponta aspectos positivos e negativos do uso da internet. Ela acredita que, no Brasil, esse fenômeno ainda vá crescer muito, porque apenas 16% dos lares brasileiros, segundo o IBGE, possuem internet.

Fonte: Agência do Estado

Publicado por: Ana Paula Mendonca em: 05-03-2009 às: 11:09

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Paciente bem informado modifica relac?es medico-paciente

Escrito por Fernanda Marques - Fiocruz.


"Paciente expert"

Apesar da exclusão digital, cerca de 40 milhões de brasileiros já são usuários da internet. Entre as razões pelas quais eles navegam está a busca de informações sobre saúde. Assim, juntamente com a figura do internauta, emerge um outro personagem: o "paciente expert" - definido como aquele que busca ativamente informações sobre sua doença (ou a de um familiar), sintomas, medicamentos, tratamentos e custos.

Mas até que ponto esse "expert", munido de informações obtidas na internet, pode transformar a relação médico-paciente?

Três pesquisadores da Fiocruz realizaram um estudo para tentar responder a essa pergunta. Eles verificaram que o tema divide opiniões e que existem até posições antagônicas sobre o assunto. "De qualquer forma, as informações disponíveis na internet têm potencial para modificar a relação médico-paciente", dizem a doutoranda Helena Beatriz da Rocha Garbin e a médica Maria Cristina Rodrigues Guilam, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), e o historiador André de Faria Pereira Neto, da Casa de Oswaldo Cruz (COC), em artigo publicado no periódico Interface - Comunicação, Saúde, Educação.

Consequências sobre o saber médico

O estudo - de base bibliográfica - consistiu na análise de 15 artigos que discutiam as possíveis conseqüências que fenômeno do "paciente expert" poderia ter sobre a profissão médica ou o saber médico. Esses artigos, publicados de 1997 a 2005 e assinados por pesquisadores de Reino Unido, Holanda, Estados Unidos e Canadá, foram selecionados em duas renomadas revistas científicas britânicas: Social Science and Medicine e Sociology of Health & Illness. O trio da Fiocruz dividiu os artigos analisados em três categorias, de acordo com os pontos de vista apresentados.

A primeira categoria reunia trabalhos segundo os quais o "paciente expert" promoveria a desprofissionalização do médico. Em outras palavras: as informações obtidas pelo paciente na internet abalariam o status do médico, na medida em que este deixaria de ter o monopólio do poder do conhecimento.

Já os artigos da segunda categoria, ao contrário, sugeriam que o comportamento do "paciente expert" acabaria por fortalecer a profissão e o saber do médico. De acordo com esses trabalhos, os pacientes ainda confiam mais no médico do que nas fontes da internet e buscam informações na rede mais para complementar o que o médico diz do que para colocá-lo em xeque.

Na terceira categoria de artigos, por sua vez, se encontram autores que não têm posição consolidada, pois enxergam a possibilidade de desafio ou de preservação da autoridade do médico e da medicina biomédica em função do tema em questão e do momento histórico da análise.

Poder dos pacientes bem informados

Apesar das diferenças entre as categorias, os pesquisadores da Fiocruz conseguiram identificar algumas características comuns. "A maioria dos artigos entende que os pacientes que têm acesso às informações, via internet, tornam-se potencialmente poderosos. Para os autores, essa nova condição pode influir e até transformar a relação dos médicos com seus pacientes. Em termos gerais, acreditam que é fundamental que os profissionais procurem trabalhar com o paciente, ao invés de para ele, usando mais tempo para escutar, absorver e valorizar as necessidades cognitivas, sociais e emocionais de seus pacientes", afirmam os pesquisadores da Fiocruz.

"Assim, o médico deve fornecer informações de boa qualidade, discutir questões referentes ao diagnóstico, tratamento e resultados, respeitando os desejos do paciente em relação à tomada de decisões. Para tal, é fundamental que os próprios médicos se mantenham informados e atualizados". No entanto, segundo a doutoranda Helena Garbin, é preciso entender a dificuldade de realizar tal tarefa nestes tempos de consultas médicas de 10 ou 15 minutos.

Benefícios e cuidados com as informações pela internet

Os autores da Fiocruz reconhecem que a busca de informações sobre saúde na internet pode auxiliar o paciente a desenvolver uma postura menos passiva em relação ao discurso do médico, processo que resultaria em decisões mais compartilhadas por ambos. "Cabe lembrar, entretanto, que algumas comunidades virtuais, assim como muitos sites, podem ser simplesmente veículos de empresas comerciais, interessadas em divulgação de medicamentos, de novas tecnologias ou mesmo de valores que levem os usuários a buscar seus produtos", alertam os pesquisadores da Fundação. "Ressaltamos também os problemas causados pelos sites que divulgam informações erradas ou contraditórias". Entre os exemplos negativos estão páginas que estimulam a automedicação ou que fazem apologia à anorexia: os internautas, portanto, devem redobrar a atenção - bem como a parceria com os profissionais da saúde - para não caírem nessas armadilhas.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/

Publicado por: Ana Paula Mendonca em: 05-03-2009 às: 10:55

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