Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca

Inovac?o & colaborac?o

Paciente bem informado modifica relac?es medico-paciente

Escrito por Fernanda Marques - Fiocruz.


"Paciente expert"

Apesar da exclusão digital, cerca de 40 milhões de brasileiros já são usuários da internet. Entre as razões pelas quais eles navegam está a busca de informações sobre saúde. Assim, juntamente com a figura do internauta, emerge um outro personagem: o "paciente expert" - definido como aquele que busca ativamente informações sobre sua doença (ou a de um familiar), sintomas, medicamentos, tratamentos e custos.

Mas até que ponto esse "expert", munido de informações obtidas na internet, pode transformar a relação médico-paciente?

Três pesquisadores da Fiocruz realizaram um estudo para tentar responder a essa pergunta. Eles verificaram que o tema divide opiniões e que existem até posições antagônicas sobre o assunto. "De qualquer forma, as informações disponíveis na internet têm potencial para modificar a relação médico-paciente", dizem a doutoranda Helena Beatriz da Rocha Garbin e a médica Maria Cristina Rodrigues Guilam, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), e o historiador André de Faria Pereira Neto, da Casa de Oswaldo Cruz (COC), em artigo publicado no periódico Interface - Comunicação, Saúde, Educação.

Consequências sobre o saber médico

O estudo - de base bibliográfica - consistiu na análise de 15 artigos que discutiam as possíveis conseqüências que fenômeno do "paciente expert" poderia ter sobre a profissão médica ou o saber médico. Esses artigos, publicados de 1997 a 2005 e assinados por pesquisadores de Reino Unido, Holanda, Estados Unidos e Canadá, foram selecionados em duas renomadas revistas científicas britânicas: Social Science and Medicine e Sociology of Health & Illness. O trio da Fiocruz dividiu os artigos analisados em três categorias, de acordo com os pontos de vista apresentados.

A primeira categoria reunia trabalhos segundo os quais o "paciente expert" promoveria a desprofissionalização do médico. Em outras palavras: as informações obtidas pelo paciente na internet abalariam o status do médico, na medida em que este deixaria de ter o monopólio do poder do conhecimento.

Já os artigos da segunda categoria, ao contrário, sugeriam que o comportamento do "paciente expert" acabaria por fortalecer a profissão e o saber do médico. De acordo com esses trabalhos, os pacientes ainda confiam mais no médico do que nas fontes da internet e buscam informações na rede mais para complementar o que o médico diz do que para colocá-lo em xeque.

Na terceira categoria de artigos, por sua vez, se encontram autores que não têm posição consolidada, pois enxergam a possibilidade de desafio ou de preservação da autoridade do médico e da medicina biomédica em função do tema em questão e do momento histórico da análise.

Poder dos pacientes bem informados

Apesar das diferenças entre as categorias, os pesquisadores da Fiocruz conseguiram identificar algumas características comuns. "A maioria dos artigos entende que os pacientes que têm acesso às informações, via internet, tornam-se potencialmente poderosos. Para os autores, essa nova condição pode influir e até transformar a relação dos médicos com seus pacientes. Em termos gerais, acreditam que é fundamental que os profissionais procurem trabalhar com o paciente, ao invés de para ele, usando mais tempo para escutar, absorver e valorizar as necessidades cognitivas, sociais e emocionais de seus pacientes", afirmam os pesquisadores da Fiocruz.

"Assim, o médico deve fornecer informações de boa qualidade, discutir questões referentes ao diagnóstico, tratamento e resultados, respeitando os desejos do paciente em relação à tomada de decisões. Para tal, é fundamental que os próprios médicos se mantenham informados e atualizados". No entanto, segundo a doutoranda Helena Garbin, é preciso entender a dificuldade de realizar tal tarefa nestes tempos de consultas médicas de 10 ou 15 minutos.

Benefícios e cuidados com as informações pela internet

Os autores da Fiocruz reconhecem que a busca de informações sobre saúde na internet pode auxiliar o paciente a desenvolver uma postura menos passiva em relação ao discurso do médico, processo que resultaria em decisões mais compartilhadas por ambos. "Cabe lembrar, entretanto, que algumas comunidades virtuais, assim como muitos sites, podem ser simplesmente veículos de empresas comerciais, interessadas em divulgação de medicamentos, de novas tecnologias ou mesmo de valores que levem os usuários a buscar seus produtos", alertam os pesquisadores da Fundação. "Ressaltamos também os problemas causados pelos sites que divulgam informações erradas ou contraditórias". Entre os exemplos negativos estão páginas que estimulam a automedicação ou que fazem apologia à anorexia: os internautas, portanto, devem redobrar a atenção - bem como a parceria com os profissionais da saúde - para não caírem nessas armadilhas.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/

Publicado por: Ana Paula Mendonca em: 05-03-2009 às: 10:55

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Competencias necessarias para usar tecnologia em sala de aula

Quais as competências e conhecimentos necessários para usar tecnologia (internet), em sala de aula? Se você é professor ou professora, já deve ter se perguntado isso. Se você já usou alguma ferramenta como o Google Earth nas suas aulas, deve estar se perguntando como melhorar? E para quem nunca teve essa oportunidade, deve estar mais “perdido” ainda, sem saber como começar.

Essa é uma das perguntas que me fazem com freqüência, professores querendo usar internet e tecnologia como apoio nas suas aulas, mas sem saber como fazer para implementar os recursos e organizar o seu plano de ensino. Até pouco tempo atrás, bastava saber montar as aulas no PowerPoint que era suficiente, mas hoje a demanda está muito maior! 

Segue abaixo uma pequena lista com os recursos que devem ser evidenciados no seu estudo:

  • Usar de maneira eficiente uma ferramenta de busca: Quando você precisa pesquisar material para aulas, muito provavelmente deve recorrer ao Google. Saiba que a busca no Google, pode ser melhor executada com o uso de operadores de pesquisa, que filtram de maneira surpreendente os resultados e podem trazer conteúdo interessante para as suas aulas. Qualquer professor que precise preparar material para aulas, deveria conhecer e aplicar esses operadores, na busca por material para ilustrar e enriquecer suas aulas. Além disso, existem opções como o próprio Google Acadêmico.
  • Conhecer e usar redes sociais: As redes sociais podem trazer ainda mais conteúdo para quem precisa estar sempre pesquisando. Redes como o del.icio.us permitem que você pesquise pelos favoritos que outros usuários com interesses semelhantes aos seus, salvaram e acham importante. Esse tipo de pesquisa trás resultados diferentes da pesquisa do Google. Ainda temos uma infinidade de redes como o SlideShare e teacherTube.
  • Saber como funcionam Blogs e Wikis: Os responsáveis por boa parte do conhecimento gerado no meio acadêmico são professores e pesquisadores que publicam comentários e atualizações sobre suas pesquisas, nas mais variadas áreas em Wikis e Blogs. Um professor que queira usar internet como apoio, deve saber como usar esses sistemas em proveito das suas aulas, quem sabe até usar ele como ponte para trazer o pesquisador para a sua sala de aula, mesmo que de maneira virtual.
  • Conhecer e usar RSS: O RSS é uma ferramenta extremamente poderosa para quem gera conteúdo! Os professores que usam com eficiência esse recurso podem acompanhar atualizações em web sites de maneira automática. Assim você estará sempre atualizado nos assuntos relacionados a sua aula.
  • Saber como funciona e internet: Não leve essa recomendação ao pé da letra, você não precisa conhecer os protocolos de transmissão de dados, mas sim a maneira como as coisas acontecem na internet e como ela revoluciona a educação. Por exemplo, saber o que são os sistemas LMS como o Moodle, podem evitar que você seja surpreendido quando a sua instituição de ensino comece a usar ensino semipresencial. Muitos docentes ainda ficam distantes do computador como ferramenta de estudo, se limitando apenas a usar o e-mail. Se esse é o seu caso, mude a sua mentalidade o mais rápido possível!

Bem, acho que isso resume bem as competências e conhecimentos necessários para os professores que queiram usar tecnologia como apoio em suas aulas. Repare que as recomendações levam para a criação do ambiente pessoal de aprendizagem.

Pronto! Agora você já sabe por onde começar. Agora é só colocar a mão na massa e adaptar o seu plano de ensino, para usar tecnologia.

Lembre que o número de alunos que usa internet, pelo menos para entretenimento está crescendo. O avanço da economia está fazendo com que cada vez mais pessoas comprem seu primeiro computador. Em pouco tempo, isso será sentido em sala de aula. Basta um professor começar a usar internet como apoio, que os alunos começam a perguntar para os outros professores “Por que sua aula não está na internet também?”. Qual será a resposta do professor?

Post do blog :www.colaborativo.org/blog/ , escrito por Allan Brito.

Publicado por: Ana Paula Mendonca em: 22-05-2008 às: 18:42

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Objetos de Apredizagem

Na quinta-feira (20/07) eu e a Rosane participamos de uma aula falando sobre objetos de aprendizagem na disciplina "Tecnologias Educacionais em Saúde" de mestrado e doutorado da ENSP.

Estou disponibilizando a apresentação e os exemplos de objetos de aprendizagem abaixo:

Apresentação


Exemplos citados na apresentação:

Cartão de pesagem da criança
Fonte: Curso de Vigilância Nutricional - EAD/ENSP

Vídeo
Fonte: Curso de Vigilância Nutricional - EAD/ENSP (Produção do Departamento de Comunicação em Saúde/CICT/Fiocruz)

Exercício da balança
Fonte: Curso de Vigilância Nutricional - EAD/ENSP

Situação problema
Fonte: Repositório do Campus Virtual de Saúde Pública Brasil - http://brasil.campusvirtualsp.org/repositorio

Vídeo tutorial
Fonte: Repositório do Campus Virtual de Saúde Pública OPAS - http://campusvirtualsp.org/repositorio



Publicado por: Ana Paula Mendonca em: 25-09-2007 às: 00:00

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MENSAGENS ANTIGAS


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